sábado, 25 de março de 2017

A MULHER ENCANTADA



Num país distante próximo a margem de um rio vivia um pescador com sua mulher. O sonho do casal era de que um dia os laços de amor que um nutria pelo outro fossem solidificados com o nascimento de um filho.
Certo dia depois de um longo tempo de espera a mulher deu ao marido a feliz notícia de que finalmente teriam um bebê. Nasceu-lhes uma linda menina de cabelos dourados, sua pele rosada destacava seus olhos azuis, feito infinito do céu.

A menina crescia encantadora e os pais viviam felizes, a filha lhes era um valioso presente que recebera dos deuses. No entanto, houve naquele país um tempo de devastadora seca, com a falta de chuva os rios e lagos se secaram e aquele pescador já não podia mais retirar do rio o seu sustento.
Estavam certos de que morreriam de fome e ao olhar para criança que inocentemente brincava sem se dar conta do mal que os assolavam, o casal entrou em desespero. Mais que suas vidas, sua filha era o bem mais valiosos que eles possuíam.

Numa manhã receberam uma visita inesperada e assustadora, surge-lhes uma mulher com um manto azul, era possível notar uma infinidade de pequenos diamantes que adornavam seu manto, na cabeça possuía uma coroa brilhante com estrelas flamejantes. Não se tratava de uma fada, nem tampouco de uma rainha, mas compreenderam que havia ali grande encantamento.
Sem se apresentar a mulher foi logo dizendo: - Entregue-me a menina que levarei comigo para viver num castelo além das nuvens, cuidarei dela e prometo-lhes de nada terá falta. Sem pestanejar o casal entregou-lhe a filha para que assim como a mulher encantada dissera lhe sucedesse.

Daquele dia em diante a menina passou a morar naquele castelo sobre as nuvens e muitos anos se passaram.
Certo dia a mulher encantada precisou ausentar-se e entregou a menina, agora jovem um molho com muitas chaves e disse: - Este molho de chaves abre muitas portas encantadas do castelo e você poderá passear por ele e descobrir todo encantamento, porém, há uma chave pequena e dourada que abre uma porta secreta, esta porta não deverá abrir.
A jovem prometeu obedecer e assim todos dos dias ao acordar saia para explorar o castelo e deste modo a cada porta uma nova descoberta de encantamentos. Fadas, unicórnios, seres e criaturas mágicas, a cada porta um deslumbramento.

Muitas manhãs se passaram até que já não havia mais portas para serem abertas exceto a porta da chave pequena dourada. Por longos dias resistiu-lhe a tentação em abri-la, no entanto, numa manhã em que se sentia entediada não se conteve em espiar o que havia atrás daquela misteriosa porta.
Ao abrir a porta, seus olhos deslumbraram-se com a beleza de um trono onde repousava um homem cujos olhos brilhavam como dois diamantes, sua coroa era cravejada em pedras preciosas, um manto real que parecia labaredas de fogo.

Tudo era demasiadamente encantador, o coração da jovem disparou, mas ainda, antes de fechar a porta não resistiu-lhe tocar o trono e imediatamente seus dedos ficaram dourados.
Finalmente a mulher encantada retornou, tomou o molho de chaves das mãos e perguntou a jovem:
- Porventura obedeceste?
- Sim! Respondeu a jovem.
- Porventura obedeceste? Indagou novamente a mulher.
- Sim! Respondeu novamente a jovem. E deste modo negou todas às vezes.
Por certo a mulher já havia percebido que a jovem mentia e como punição lançou lhe um encantamento que só se quebraria quando esta se arrependesse:
 - De hoje em diante você não é mais digna de viver neste castelo e lhe será retirada a voz.

Sem dúvidas alguma este era um castigo bem severo! No mesmo instante a jovem caiu num sono profundo e quando acordou se encontrava num bosque próximo a entrada de uma caverna.
A jovem agora muda se abrigava na caverna para se proteger das feras, da chuva e quando caia a noite. Certa manhã ouviu relinchar de cavalos, era a comitiva do rei que se perdera.

O príncipe descera do cavalo para descansar sobre um rochedo, mas ficou boquiaberto com a visão que tivera, pensou no primeiro instante tratar-se de um sonho ou quem sabe quem sabe um encantamento, porém era real, ali em sua frente a mais linda jovem de todo o reino.

O príncipe a convidou para se tornar sua rainha, pois estava deslumbrado e apaixonado! Sem poder pronunciar uma palavra sequer a jovem concordou acenando-lhe a cabeça.  Assim sucedeu-lhes.  Mesmo pelo triste fato da jovem não poder comunicar-se, rainha e  rei viviam felizes.

Um ano se passara e nasceu-lhes o pequeno herdeiro. Certa manhã quando a rainha passeava pelos jardins do castelo com o pequeno príncipe em seus braços foi surpreendida com a visita da mulher encantada:
- Confessa sua desobediência ou lhe será tirado o seu filho.

A jovem rainha mais uma vez negou e a pequena criança lhe foi arrancada dos braços.
Ocorre, porém, que em todo reino as pessoas diziam que a rainha era culpada pelo desaparecimento da criança. Todos acreditavam que a rainha na verdade era uma velha bruxa disfarçada que devorava crianças.
Deste modo foi ordenado que a “bruxa” fosse queimada na fogueira!
A rainha não tinha como defender-se afinal não podia falar. Muito entristecido o rei ordenou que a trancassem no calabouço até a hora da execução.

 Trancada no frio e escuro calabouço a jovem rainha foi tomada por um sentimento de profunda tristeza e arrependimento, o único desejo que lhe assolava o coração era de poder novamente encontrar pela última vez a mulher encantada e pedir-lhe perdão antes de sua execução.
No mesmo instante, o calabouço ficou todo iluminado, a Mulher Encantada apareceu e lhe disse:
- Minha querida, ouvi a voz do seu coração. Por estar arrependida, vou retirar-lhe o encanto, devolverei sua voz e a criança.

E foi por esta razão que a rainha pode defender-se e livrar-se da fogueira ardente. Ela e o rei viveram felizes e tiveram muitos filhos.
A jovem rainha sentia-se feliz pelo fato de poder sempre dizer a verdade!   

SOBRE A VERDADE... MAIS QUE APENAS UMA PALAVRA

No início da história da Filosofia, os filósofos começaram a se perguntar sobre as mais diversas questões que permeiam o pensamento humano. Uma delas é sobre a verdade. O que é a Verdade?
Platão inaugura seu pensamento sobre a verdade afirmando: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso aquele que as diz como não são”. É a partir daí que começou a se formar a problemática em torno da verdade.

No dicionário Aurélio encontra-se a seguinte definição de verdade: “Conformidade com o real”. Talvez merecesse um comentário mais amplo, a afirmação acima de Platão, mas partindo do conceito dado pelo dicionário pode-se chegar as seguintes conclusões:

Não existe uma verdade cujo sujeito possa ser o seu detentor; a Filosofia chegou a distinguir cinco conceitos fundamentais da verdade: a verdade como correspondência, como revelação, como conformidade a uma regra, como coerência e como utilidade. Falar-se-á um pouco de cada uma.

A verdade como correspondência diz respeito à afirmação platônica que foi citado no inicio deste texto.  É a verdade que garante a realidade, ou seja, o objeto falado é apresentado como ele é. Aristóteles diz que: “Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. Essa definição de verdade é a mais antiga e divulgada.

A concepção de verdade, sob o aspecto da revelação, surge num tempo em que empirismo, metafísica e teologia apresentaram novas formas de se entender a realidade. Trata-se de uma verdade que sob a luz empirista se revelou ao homem por meio das sensações, e sob a perspectiva metafísica ou teológica mostrou o verdadeiro por meio de um Ser supremo, Deus, que evidencia a essência das coisas.

A conformidade apresenta uma verdade que se adapta a uma regra ou um conceito. E esta noção de conformidade foi usada pela primeira vez por Platão: “... tudo o que me parece de acordo com este, considero verdadeiro,...” e retornando a história, Santo Agostinho afirma: “existe, sobre a nossa mente, uma lei que se chama verdade”. Em suma, a verdade, no sentido da conformidade, deve-se adequar a uma regra ou conceito.
Já na metade do século XIX, surgiu no movimento idealista inglês, a noção de verdade como coerência. Essa ideia de coerência foi difundida pelo filósofo Bradley. Ele critica o mundo da experiência humana partindo da ideia de que “o princípio de que o que é contraditório, não pode ser real”, isso o fez aceitar que “a verdade é coerência perfeita”.

Por fim, achou-se o pressuposto de verdade como utilidade, formulada primeiramente por Nietzsche: “Verdadeiro não significa em geral senão o que é apto à conservação da humanidade. O que me deixa sem vida quando acredito nele não é a verdade para mim, é uma relação arbitrária e ilegítima do meu ser com as coisas externas”. A preocupação é que a verdade como utilidade seja algo que faça bem toda a humanidade. O que não é de práxis para a conservação do bem, podemos dizer que é verdade?
Toda essa investigação sobre a verdade limita muito esse tema. A verdade possui inúmeros significados, dependendo da pessoa que a defina. Ela continuará sendo uma das questões mais abordadas nestes últimos tempos.

Estamos em um mundo de grandes transformações. Muitas ideologias são nos apresentadas como verdades inquebrantáveis. Somos forçados a acreditar na mídia, na política e na manifestação religiosa. Isso acontece de uma maneira inconsciente.
O que nos libertará de toda essa prisão é nossa atitude como sujeitos formadores de consciência crítica. A questão é ir afundo sobre aquilo que nos é apresentado. Fugir do senso comum e criar opiniões próprias. Depende de você encarar isso como verdade


Abraços,

Conto A Mulher Encantada Cristiane Nogueira

A MACIEIRA ENCANTADA

Era uma vez um reino antigo e pobre, situado perto de uma grande montanha.
Havia uma lenda de que, no alto dessa montanha havia uma Macieira mágica, que produzia maçãs de ouro. Para colher as maçãs era preciso chegar até lá, enfrentando todas as situações que aparecessem no caminho. Nunca ninguém havia conseguido essa façanha, conforme dizia a lenda.
O Rei do lugar resolveu oferecer um grande prêmio àquele que se dispusesse a fazer essa viagem e que conseguisse trazer as maçãs, pois assim o reino estaria a salvo da pobreza e das dificuldades que o povo enfrentava. O prêmio seria da escolha do vencedor e incluía a mão da princesa em casamento.
Apareceram três valorosos e corajosos cavaleiros dispostos a essa aventura tão difícil.
Eles deveriam seguir separados e, por coincidência, havia três caminhos:
1º – rápido e fácil, onde não havia nenhum obstáculo e nenhuma dificuldade;
2º – rápido e não tão fácil quanto o primeiro, pois havia algumas situações a serem enfrentadas;
3º – longo e difícil, cheio de situações trabalhosas.
Foi efetuado um sorteio para ver quem escolheria em primeiro lugar um desses caminhos. O primeiro sorteado escolheu, naturalmente, o Primeiro caminho. O segundo sorteado escolheu o Segundo caminho. O terceiro sorteado, sem nenhuma outra opção, aceitou o Terceiro caminho.
Eles partiram juntos, no mesmo horário, levando consigo apenas uma mochila contendo alimentos, agasalhos e algumas ferramentas.
O Primeiro, com muita facilidade chegou rapidamente até a montanha, subiu, feliz por acreditar que seria o vencedor e quando se deparou com a Macieira Encantada sorriu de felicidade. O que ele não esperava, porém, é que ela fosse tão inatingível. Como chegar até as maçãs? Elas estavam em galhos muito altos. Não havia como subir. O tronco era muito alto também. Ele não possuía nenhum meio de chegar até lá em cima. Ficou esperando o Segundo chegar para resolverem juntos a questão.
O Segundo enfrentou galhardamente a primeira situação com a qual se deparou, porém logo em seguida apareceu outra, e logo depois mais uma e mais outra, sendo algumas delas um tanto difíceis de superar. Ele acabou ficando cansado, esgotado até ficar doente, e cair prostrado. Quando se deu conta de seu péssimo estado físico, foi obrigado a retroceder e voltou para a aldeia, onde foi internado para cuidados médicos.
O Terceiro teve seu primeiro teste quando acabou sua água e ele chegou a um poço. Quando puxou o balde, arrebentou a corda e ele então, rapidamente, com suas ferramentas e alguns galhos, improvisou uma escada para descer até o poço e retirar a água para saciar sua sede. Resolveu levar a escada consigo e também a corda remendada. Percebeu que estava começando a gostar muito dessa aventura.
Depois de descansar, seguiu viagem e precisou atravessar um rio com uma correnteza fortíssima. Construiu, então, uma pequena jangada e com uma vara de bambu como apoio, conseguiu chegar do outro lado do rio, protegendo assim sua mochila, seus agasalhos e todo o material que levava consigo para o momento que precisasse deles, incluindo a jangada.
Em um outro ponto do caminho ele teve de cortar o mato denso e passar por cima de grossos troncos. Com esses troncos ele fez rodas para facilitar o transporte do seu material, usando também a corda para puxar.
E assim, sucessivamente, a cada nova situação que surgia, como ele não tinha pressa, calmamente, fazendo uso de tudo o que estava aprendendo nessa viagem e do material que, prudentemente guardara, resolvia facilmente a questão.
A viagem foi longa, cheia de situações diferentes, de detalhes, e logo chegou o momento esperado, quando ele se defrontou com a Macieira Encantada. O Primeiro havia se cansado de esperar e também retornara ao povoado.
O encanto da Macieira tomou conta do Terceiro. Ela era tão linda, grande, alta, brilhante. Os raios do sol incidindo nos frutos dourados irradiavam uma luz imensa que o deixou extasiado. Quanto mais olhava para a luz dourada, mais ele se sentia invadir por ela, e percebeu que todo o seu corpo parecia estar também dourado. Nesse momento ele sentiu como se uma onda de sabedoria tomasse conta de seu ser. Com essa sensação maravilhosa ele se deixou ficar, inebriado, durante longo tempo. Depois do impacto ele se pôs a trabalhar e preparou cuidadosamente, seu material, fazendo uso de todos os seus recursos. Transformou a jangada numa grande cesta, para guardar as maçãs dentro, subiu na árvore, pela escada, usou o bambu para empurrar as maçãs mais altas e mais distantes. Tudo isso e mais algumas providências que sua criatividade lhe sugeriu para facilitar seu trabalho, que havia se transformado em prazer.
Depois de encher a cesta com as maçãs, e com a certeza de que poderia voltar ali quando quisesse, por ser a Macieira pródiga, ele agradeceu a Deus por ter chegado, por ter conseguido concluir seu objetivo. Agradeceu principalmente a si mesmo pela coragem e persistência na utilização de todos os seus recursos, como inteligência e criatividade.
Voltou pelo caminho mais fácil, levando consigo os frutos de seu trabalho e de seus esforços, frutos esses colhidos com muita competência e merecimento. Descobriu, entre outras coisas que:
tudo que apareceu em seu caminho foi útil e importante para sua vitória;
cada uma das situações que ele resolveu, foi de grande aprendizado, não só para aquele momento, mas também para vários outros na sua vida futura;
quando você faz do seu trabalho um prazer, suas chances de sucesso são muito maiores;
quando seu objetivo vale a pena, não há nada que o faça desistir no meio do caminho;
a sua vitória poderia beneficiar a vida de muita gente e também servir de exemplo a outras pessoas, a quem ele poderia ensinar tudo o que aprendeu nessa trajetória.
O resto da história vocês podem imaginar. E como toda história que se preze, viveram felizes para sempre…

Eu gostaria de convidar a todos que lerem essa metáfora a fazerem uma reflexão sobre seu conteúdo e acrescentar, de acordo com a sua própria experiência e compreensão do texto, novas descobertas e possíveis benefícios e aprendizado, tanto para si, quanto para outras pessoas. 
Maria M. O. Junqueira Leite

A FLOR DA VERDADE



Conta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma “disputa” entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:
– Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça; eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:
Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de “cultivar” algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc… O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido.
Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:
– Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será sempre um Vencedor!
Conto Chinês 

PÉROLAS




Uma ostra que não foi ferida jamais produzirá pérolas. A pérola é uma ferida curada. Pérolas para as ostras são produtos da dor, resultados da entrada de substâncias estranhas ou indesejáveis no seu interior, assim como um parasita ou um grão de areia. A ostra possui na parte interna da concha uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia penetra ali, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérola. Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas? Nesses momentos lembre-se que a pérola, para uma ostra, é uma ferida cicatrizada! Então, produza uma pérola. Cubra suas mágoas e rejeições sofridas com camadas e camadas de amor. Crie sua pérola usando o seu amor!

Rubem Alves

PERDEU?


QUASE NADA...


A CURA...


SE...



RENOVE-SE


Em um mundo que muitos preferem submeter-se, ao invés de argumentar, aprender a externar o que acreditamos e queremos é um ato de coragem que deve ser cultivado. Quisera que nos tornássemos sedentos de coragem de ser a gente mesmo, em um mundo tão escasso de verdades. A vida é muito curta pra não ser melhor do que fui ontem. Renove-se!

Cristiane Nogueira

A MULHER ENCANTADA